Gamer Files

Você é o que você joga!

Games de terror se tornaram mais previsíveis do que encontrar um congestionamento em São Paulo. Poucos são os games do gênero que realmente impressionam e conseguem oferecer uma experiência que foge do padrão tiros/ sangue/ zumbis. Um dos games que consegue se destoar desse mar de mesmice é Echo Night: Beyond, segundo game da série que saiu para o Playstation 2 em 2004.

Uma trama imponente

A primeira meia hora de Beyond é muito fraca. A impressão é que o game vai se arrastar até o fim. Mas surpreendentemente, a trama decola e temos a impressão de estar jogando um verdadeiro filme interativo. Beyond começa com o protagonista preso em um ônibus espacial acidentado dentro de uma estação espacial na Lua. Sem memória, ele decide fazer o reconhecimento do local... E é aí que as coisas começam a acontecer. Espécies de fantasmas tomaram conta do local e cabe a você descobrir de onde eles vieram e mandá-los de volta para seu local de origem.

Um game tenso.

A principal característica do game é que ele não é em momento nenhum um game veloz e cheio de coisas pra fazer. Como seu personagem está em lugar de gravidade menor que na Terra e vestido com uma vestimenta de astronauta, a movimentação é extremamente lenta. O que era para se tornar um defeito acaba depondo a favor no fim: essa lentidão torna o game muito tenso, deixando o jogador sempre com expectativas do que vai encontrar na próxima porta.

A visão apresentada ao jogador é em primeira pessoa e não há existência de combates. O foco do game está na solução de puzzles e no desenrolar do excelente enredo. O vazio causado pela velocidade com que tudo se desenrola combina perfeitamente com essa temática espacial dando a sensação de que você está sozinho em um ambiente insólito, difícil.

Visual e som bons....

Visualmente, Beyond consegue construir perfeitamente essa temática espacial. Quase todo o cenário é construído em tons de preto, branco e cinza e sem muitos elementos espalhados pelo cenário o que dá realmente essa noção de estar na Lua. A movimentação do personagem como já foi dita, é lenta e exige dedicação, mas completa o clima. Já a trilha sonora rouba a cena. As canções combinam perfeitamente com os acontecimentos, a dublagem ofegante do personagem e o excelente som emanado pelos espíritos também são muito bons. Primoroso.

Finalizando

Pouquíssimas pessoas tiveram a chance de jogar esse ótimo game da From Software. Mas eu tenho certeza absoluta de que se você jogar não vai se arrepender. É um game que exige dedicação e nenhuma comparação com outros games do gênero. Beyond é pra ser curtido como um todo e de uma forma intensa. Para os fãs de games do gênero é imperdível pela temática diferenciada e principalmente pelo clima sombrio e insólito.

1 comentários:

Unknown disse...

Parabéns Gustavão, outro game que eu nunca joguei e tenho vontade de experimentar agora. Se bem que as contra indicações são muitas também, algumas pessoas disseram que não conseguiram dormir de medo após jogá-lo...