Gamer Files

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7 de junho de 2008

Review: The World Ends with You


The World Ends With You, é o novo RPG da Square Enix lançado para o Nintendo DS. Esqueça as batalhas por turnos, cavernas para explorar ou armaduras para defesa. A nova série vem diferente das convencionais, e com certeza não irá desapontar.

Todo o jogo se passa em Tokyo – Japão. Pra ser mais exato no bairro Shibuya, local popular por lá. É tudo igual o da vida real, avenidas, lojas, tráfego de pessoas, estação de trem, monumentos entre outras coisas.
No meio da avenida principal surge nosso herói: Neku é seu nome. Adolescente com vestimentos digamos, estranho. O garoto do nada começa a escutar o pensamento de pessoas que estão próximas dele. Tudo leva a crer que isto e graças a um emblema preto com um desenho estranho que ele carrega. Quando nada parecia mais estranho, eis que ele recebe uma mensagem do seu celular sobre comparecer em tal lugar em tal tempo ou se não morrerá. Neku não vê outra alternativa se não comparecer a esse local.


No meio dessa correria, Neku tromba com Shiki, uma garota magrela de cabelos longos e chapéu. A partir daí ela o ajuda numa batalha e passa a ser sua parceira ( apesar de Neku não gostar muito da idéia ).
As batalhas funcionam diferentes das conhecidas. Primeiro para se entrar em uma: Normalmente em RPG’s em certos terrenos, o inimigo te ataca do nada obrigando-o a lutar. Em Worlds você escolhe a hora de começar uma. Lembra do emblema preto que eu disse? Pois é, ele chama-se PIN. No jogo você encontrará vários deles ( no total são 304 ), para cada um se tem um poder especial. O preto de Neku o da a habilidade de escutar pensamentos das pessoas e avistar os inimigos numa espécie de mundo paralelo. Essa ação você faz com a tela sensível. No canto inferior direito,o ícone do PIN preto,vai estar sempre disponível para você toca-lo, avistar os inimigos ( que são símbolos tribais representando-os ), tocar em cima deles e entrar numa batalha.

Os inimigos de Neku são animais conhecidos nosso. Nada de monstros ou seres de outro mundo. Dentre eles estão sapos, morcegos, ursos, lobos etc. Todos tem seus corpos com desenhos tribais, o que os deixa mais fortes ( esses desenhos tem a ver com as forças do mal ).
Os comandos nas batalhas são um pouco estranhos no começo, mas com prática o jogador se acostuma. Na tela de baixo está Neku. Com suas PINS equipadas ele as usa para combater o inimigo. De começo apenas duas estarão disponíveis, uma de fogo onde você desliza a caneta por cima do inimigo soltando, é claro, rajadas de fogo. E outra que solta tiros especiais, tocando em cima deles. Lembrando que para cada uma se tem uma barra limitada, que ao se esgotar você terá que esperar aproximadamente cinco segundos para usa-la novamente. Enquanto vai carregando uma PIN, você pode correr pelo cenário para escapar do ataque inimigo. Ou usar outra já carregada.
Ao mesmo tempo que ocorre essa batalha com Neku, na tela de cima ocorre outra com os mesmos inimigos com Shiki. E para controla-la, o jogador terá que usar a direcional numa determinada direção para ela atacar. Para os mais atrapalhados, o jogo oferece a opção de batalha automática para ela. Sim é complicado ( principalmente quando se há inúmeros inimigos na tela ).


Neku e Shiki não terão livre acesso a todas as áreas de Shibuya. A maioria das saídas estão bloqueadas por barreiras invisíveis. Para destruí-las, a equipe deve cumprir certos objetivos para ir avançando. Tal como destruir um inimigo especifico, mostrar uma determinada PIN para um homem, entregar um CD de música para um músico de rua doidão etc. Nos caminhos, Neku e Shiki conhecem e conversam com várias pessoas, encontrando e fazendo amizade com outras que estão na mesma corrida. Um ponto chato do jogo é o excesso de conversa. As vezes da até a impressão de haver mais delas do que batalhas. Mas nada tão grave que estrague o jogo.

A medida que vão avançando, os heróis descobrem mais sobre as forças do mal que estão os ameaçando. Algumas vezes, essas forças aparecem e mandam inimigos difíceis de serem derrotados para acabar com a vida deles. Em um deles quase levou a morte de um companheiro.

O jogo é enorme, com muitos mistérios. Uma coisa interessante nele é a opção de baixar o nível dos personagens. Através do menu do pause, simplesmente se você tiver no nível 20 você poderá baixa-lo para 15 ou menos. Isso contribui para aumentar o desafio em batalhas e conquistar recompensas valiosas no fim delas.
E como em todo o RPG, equipar itens nos personagens é algo essencial para aumentar defesa e ataque. Em Worlds essa opção esta presente, mas um pouco diferente da conhecida. Como eu disse, o bairro Shibuya é cheio de áreas, e cada uma delas se tem uma ou mais lojas de roupas. Parece estranho, mas se você quiser sempre se dar bem nas batalhas você terá que mudar seu estilo comprando novas camisetas, calças, bonés, entre outros acessórios. É uma coisa tipo:em cada área se tem uma moda.
Acho que ficaria mais interessante se as roupas equipadas nos personagens aparecessem em seus corpos, mas quem sabe numa seqüência.


Os cenários são bons, o bairro está idêntico ao original. É comum ver multidões de pessoas nelas andando pra lá e pra cá. Os gráficos 2D estilo Anime ficou bonito, mas há horas em que você vai dizer que poderia ser melhor. Os personagens ficaram ótimos, seus designs de roupas e formas são de impressionar.
E pra finalizar, as trilhas sonoras são 10. São a maioria cantadas e nada repetitivas. No game você encontrará diversas delas. Uma dica: use fone de ouvido!


The World Ends With You é o resultado de um ótimo trabalho da Square Enix. Talvez ele não te agrade de começo, mas logo mais pra frente a chapa esquenta. Aposto que você vai gostar de combinar PINs no meio das batalhas e eliminar vários ursões gigantes! Fãs de RPG vão adorar, para os não fãs é uma boa pedida também, ele não irá desapontar!!!

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