Alone in the Dark - 1992
No primeiro game, a história se desenrola assim que Jeremy Hartwood se suicida em 1925 dentro de sua mansão no estado da Louisiana. Sua morte era dada como suicídio, mas muita gente desconfiava que a morte havia sido provocada pelo sobrenatural, já que se comentava que a mansão era mal assombrada. O caso é tratado rapidamente pela polícia e logo esquecido pelo público. O jogador assume então o papel de Edward Carnby, um detetive particular contratado por Emily Hartwood para que ele encontre um piano que ela acha que guarda o segredo da morte de seu tio. Assim que você entra na casa, as portas misteriosamente se fecham e aí a aventura começa.
A temática de horror do game é muito satisfatória. O enredo é surpreendentemente bom, com uma certa poesia ao contar a procura pelo piano, que no fim acaba sendo uma metáfora. A jogabilidade como eu já disse, é fabulosa para a época, e até hoje não parece ruim ou lenta. Outro ponto que eu gosto bastante é o design dos interiores da mansão. Eles não são lineares como na maioria dos adventures: o jogador tem pulso para decidir o que quer fazer e onde quer ir. Até hoje, com mais três games principais lançados, esse costuma ser o mais lembrado. É o melhor da série, o mais divertido justamente por ser o menos ousado. Vale a pena jogar até mesmo hoje em dia.
Alone in the Dark 2 - 1994
Depois do sucesso de público e crítica do primeiro game, Edward Carnby está de volta dessa vez juntamente com Ted Stryker, para investigar o sequestro da jovem Grace Saunders. As pistas acabam conduzindo parauma mansão chamada Hell´s Kitchen, que já havia sido casa de gângsters. Logo que chegam, Ted some e é assassinado. Edward descobre então que a casa já foi abrigada por piratas e que os fantasams deles ainda estão por aí. Cabe a ele descobrir porque eles estavam interessados em Grace.
Como deu pra perceber, a história é tão retardada que fica difícil se assustar com ela. E o pior: os inimigos passaram a ser em sua maioria, gangsters com pistolas, nem de longe lembrando as criaturas medonhas do primeiro game. A jogabilidade também foi ampliada, o que não causou uma evolução, mas sim uma falta de balanceamento. Parece que há muitas localidades, mas elas não são tão diferentes umas das outras, e não são nem um pouco geniais. O game se tornou cansativo e a história se arrasta. Uma pena.
Alone in the Dark 3 - 1995
Se a história do segundo era grotesca, essa supera e em muito. Desta vez, ele é chamado para investigar o desaparecimento de um filme em uma cidade fantasma chamada Slaughter Gulch, no deserto da Califórnia. Entre as desaparecidas, está Emily Hartwood, uma das protagonistas do primeiro game. Carnby descobrirá que a cidade esconde mistérios inimagináveis!
A temática faroeste do game, aliada a grandiosidade da cidade, até podem agradar de início, mas se tornam extremamente desagradáveis com o tempo. A Jogabilidade em um cenário amplo não funciona, os inventários são confusos e as angulações da câmera são deploráveis. Como já foi dito, o enredo não é nada animador, descambando para o nível do grotesco muitas vezes. Tudo bem que alguns efeitos sonoros deixam o clima de arrepiar na cidade completamente vazia, mas a trama soa tão forçada, que é complicado conseguir realmente se divertir. O pior game da série, sem dúvidas.
Alone in the Dark: The New Nightmare - 2001
Alone in the Dark: The New Nightmare conta a história de Edward Carnby, que tenta desvendar o misterioso desaparecimento de seu amigo Charles Fiske. Para isso vai até uma misteriosa Shadow Island acompanhado da arqueóloga Aline Cedrac, especialista em antigos idiomas indígenas.Não demora muito, um cara chamado Frederick Johnson diz a Carnby que Fiske estava procurando três artefatos poderosíssimos. A doutora Aline também está interessada nos objetos de estranho poder. A trama é sombria, algumas vezes se perde, mas é muito divertida de se acompanhar acima de tudo.
Dessa vez a trama lembra muito mais os melhores momentos da série. Os inimigos e cenários estão bem construídos e fica bem evidente que mais poder de processador fez bem para o visual. Infelizmente, a jogabilidade não acompanhou o ganho. Apesar da idéia interessante de usar uma lanterna, os controles são travados e imprecisos. No Dreamcast ainda são bons, mas no PC ficaram muito mais lentos e irritantes. Uma grande pena, já que com o potencial visual e criativo que o game tem aliado com uma jogabilidade mais competente, seria um grande game. A versão do GameBoy Color sofre do mesmo problema: requinte visual e jogabilidade porca.
Alone in the Dark é uma série indiscutivelmente de importância. Foi responsável por um salto de qualidade nos adventures, criou o gênero de horror nos games. Seu novo episódio que sai em setembro, Near Death Investigation, promete ser o melhor da série. Só esperamos que o visual não suplante a jogabilidade, como sempre aconteceu.
1 comentários:
Pois eu discordo total de sua crítica sobre o AITD3. Eu joguei apenas o demo do primeiro jogo em que ele ficava no sótão, e não saia de jeito nenhum, mas mesmo assim gostava (era muito pequeno na época)
Não joguei nada do segundo, mas depois compramos o terceiro e bem, eu acho fantástico.
A jogabilidade é muito boa, e o cenário do jogo é dos melhores! A trama de uma cidade fantasma no velho oeste me inspirou durante muitos anos.
Só não jogo de novo, porque o cd simplesmente se quebrou ao meio. =)
E você esqueceu de mencionar que pode-se escolher a Emily no primeiro jogo também. =)
E a foto da armadura atacando ele em frente a escadaria é do primeiro jogo. =)
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