A geração passada iniciada com o Playstation 2 em 2000, talvez tenha sido a melhor de todas. Além de uma grande quantidade de games de alto nivel, forneceu incontáveis momentos que estão na nossa memória até hoje. A partir deste domingo e durante todas as próximas semanas mostraremos quais games dessa geração ficarão na história. Esse top 100 foi elaborado com muito cuidado para que você possa recordar... Chega de mais delongas e fique com a primeira parte dos "Melhores games da geração passada - PS2/ XB/ GC)

Em seu momento de pico, a Capcom estava produzindo sucesso atrás de sucesso. Em 2005, com Resident Evil 4, Killer 7 e Viewtiful Joe 2, os jogadores estavam completamente satisfeitos. Talvez satisfeitos o suficiente para se esquecer de Darkwatch. Como Jericho Chross, um cowboy assaltante de trens, você deve batalhar contra a horda de inimigos enquanto decide se vai ser bom ou ruim em sua jogabilidade. Com elementos populares de Halo e TimeSplitters, Darckwatch ganha destaque pelo cenário. Com certeza já vimos vários FPS de Guerra, mas essa foi a primeira vez que fomos apresentados a um que mistura criaturas da noite em ambientes faroestianos no melhor estilo Gun. Além do faroeste, batalhamos contra os safados na neve, nas montanhas, e em planices enquanto cavalgamos no nosso amado cavalo. O ruim? Tudo é muito linear. E o Multyplayer é feito de uma forma tão errada, que é melhor desconsiderar que ele existe. Com certeza um jogo bom, dividido entre altos e baixos e que realmente parece BioShock nos controles, sem os elementos de RPG e em uma escala menor e menos épica que o grande título do ano passado.

Todo mundo sabe que Miyamoto é um gênio. E Pikmin, game que saiu em dezembro de 2001 para o GameCube só reforça essa tese. Seu planejamento se deu da forma que só um gênio conseguiria: observando seu jardim, Miyamoto viu que pequenos insetos trabalhavam em meio a variedade de objetos diferentes, seguindo suas rotas e cumprindo suas tarefas. Foi com essa visão que ele teve a idéia de fazer um game onde o jogador controla-se hordas de pequenas criaturas para realizar feitos maiores. Assim surgiu Pikmin que eu orgulhosamente apresento pra quem não conhece e relembro com quem teve uma das melhores sensações do mundo ao jogar essa verdadeira obra-prima: É um game fabuloso, rico, divertido e muito criativo. Sua duração é o grande empecilho no seu conjunto, mas nada que desmereça muito o game. É um grande exemplo de excelência no design e inovação. Pikmin é um clássico do GameCube e merece ser apreciado em toda sua plenitude.

Embora se pareça muito com o filme Gladiador, Gladius consegue ser único em tudo que faz. O título de Game Cube, Xbox, e Playstation 2, mistura criaturas de fantasia com os pobres guerreiros encontrados em Roma no seu período de glória. Muito parecido com Final Fanasy Tactics ou Disgaea: Hour of Darkness, Gladius é um game que nunca deixa de ser desafiante.Você começa com seus guerreiros no nível mínimo, e pode subir até o máximo, ganhando armaduras novas, habilidades, e golpes, principalmente. Embora com o tempo as batalhas possam parecer completamente iguais, é sempre divertido colocar seus guerreiros a prova explorando o máximo de cada um deles. Se na minha opinião Final Fantasy Tactics é um dos jogos mais viciantes de todos os tempos, Gladius não é diferente. A falta de variedade logo é sentida, mas a história e o carisma de certos personagens conseguem ultrapassar essa experiência por milhas de distância. Provavelmente o pior que pode ser dito de Gladius é que ele acaba.Você com certeza vai aproveitar sua primeira aventura ao máximo, brincando com tudo que o game te dá a oportunidade de usar. Mas após terminá-lo, você raramente terá a vontade de tirá-lo da gaveta para dar ao ótimo RPG mais uma chance. Mas convenhamos, qualquer RPG que não começa com a história baseada em um reino encantado já é uma grande ousadia para o gênero, mas um pouquinho mais de Replay não.

Jogabilidade com dois personagens simultaneamente é sempre difícil de dar certo. Existem mais exemplos de games que se perderam nessa fórmula do que exemplos de games que deram certo. Esse não é o caso de Up Your Arsenal. Com um visual deslumbrante, sem dúvida um dos melhores do Playstation 2 e uma dupla de personagens cativantes e bem construída fazem desse um dos grandes games do gênero na geração passada. Apesar de focar mais na ação e nos tiroteios do que na exploração, é mesmo assim divertido e prazeroso de experimentar. A experiência pode parecer um pouco ousada demais pela grandiosidade em cada aspecto e na complexidade das fases, mas no fim o conjunto compensa. Vale a pena ser jogador por qualquer gamer que se preze.

Quem gosta de RPG estratégico sabe que se o game não for bem variado e oferecer novidades acaba se tornando muito repetitivo com o tempo. Disgaea felizmente não é um exemplo disso. Variado até dizer chega, bem-humorado e meticulosamente construído, Disgaea conquistou todo mundo com seu enredo bem trabalhado, jogabilidade típica e um design de personagens fabulosos. Grande no tamanho e na complexidade agradou em cheio quem gosta de bons games do gênero e não se importa muito com o visual simples mas cativante. Apesar da trilha sonora não ser lá muito boa, Hour of Darkness merece estar no nosso top 100 por ser um dos únicos games tipicamente orientais que deram certo no ocidente. E também por ser um game quase sem defeitos.

Entre erros e acertos, a Midway conseguiu produzir um bom jogo de ação. Lançado em 9 de março de 2004 mundialmente, The Suffering trouxe teorias deixadas para trás em muitos games e tornou-as conceito principal da história. O conceito de Resident Evil que nos fazia reservar arma e procurar por chaves para encarar os conceitos metroidianos de Backtracking aqui dá lugar a uma experiência muito mais linear, que torna the Suffering um misto de Survival Horrors como Silent Hill e rail shooters como House of the Dead. Mas não se engane. Embora se passe em um cenário de cada vez, The Suffering consegue ser competente na maioria deles. O susto pela falta de luz e inimigos que correm mais rápido que o diabo formam um ambiente tão sinistro quanto alguns games não conseguem nem sonhar

Se você pensar em 10 games que são completamente únicos, Bully com certeza pode estrelar a sua lista. Um game completamente inovador, misturando os conceitos de GTA com uma escola completamente problemática conhecida como Bullsworth Academy. Assim como GTA, você pode fazer o que bem entender, mas diferente do título-mestre da Rockstar North, seus feitos realmente refletem no que as outras pessoas pensam de você. As missões são realmente fantásticas, e envolvem desde se aproximar de pessoas diferentes para conseguir seu objetivo, até tirar foto do banheiro das meninas, por exemplo. Apenas troque sua arma por um Stilingue, centenas de carros que podem ser roubados pela bicicleta do seu colega Nerd e Libert City por uma escola e seus arredores, e você tem um dos melhores games da geração passada. E é assim que acaba: sendo algo único, um game que é completamente diferente dos outros e que quando acaba deixa aquele gostinho de quero mais que nos faz esperar pelo próximo jogo de Jimmy. Quem sabe não avançamos para uma faculdade?

A importância que Gran Turismo exerceu sobre o Playstation é evidente. Tanto que a Microsoft não esperou muito tempo e se encarregou de fazer o seu para o X-box. Muito parecido na fórmula e na execução, Forza acabou sendo em muitos pontos melhor que a inspiração. Apresentando um visual riquíssimo, uma trilha sonora boa, sensação de velocidade estupenda e uma jogabilidade balanceada e ao mesmo tempo agradável sem ser exigente demais, Forza supera Gran Turismo. Se levarmos em consideração o modo online aí sim temos uma verdadeira lavada. Embora a quantidade de carros seja muito inferior, Forza pode ser considerado um raro exemplo de game que imita e no fim acaba no fim se equivalendo. Sua continuação é mais grandiosa, mas perdeu um pouco o charme e não trouxe muitas novidades.

Considerado por muitos o melhor game de corrida (não me incluo nesse muitos), Gran Turismo 4 trouxe para a pista 650 carros das mais diversas marcas. Com a mesma jogabilidade encontrada nos antigos games da franquia, Gran Turismo 4 é um óbvio upgrade em termos técnicos, já que os gráficos são um dos melhores do console e um padrão a ser seguido pelos outros jogos da franquia, com carros e acessórios disponíveis e detalhados. O melhor de Gran Turismo 4 é realmente esse exagero na quantidade de carros. Simples assim: para liberar todos, você vai ter que ir em todos os desafios do jogo, e repeti-los de novo, e ir com outro carro, e ir com outro carro duas vezes, e tudo mais que se pode imaginar. Repetitivo assim. Mas que é bom, isso é!

Desde os primeiros filmes de terror onde os espíritos eram protagonistas, e assim podemos citar O exorcista como exemplo máximo, o cinema não via uma revolução como a que recentemente os filmes japoneses tem causado no gênero. E isso é nítido até mesmo nos videogames. Fatal Frame bebe dessa fonte: possui diálogos ásperos, uma trama simplesmente perturbadora, inimigos invisíveis e superiores, profusão ao medo e um personagens fenomenais. O grande trunfo de FF foi pegar medos comuns dos japoneses e adiciona-los em uma atmosfera completamente assustadora. Adicione uma jogabilidade onde você tem pouco controle nas situações e um som apavorante e você terá idéia do quão assustador ele é. Talvez um empenho maior nos controles o tornasse um game acima do bem e do mal, mas seus pequenos defeitos nem de perto atrapalham a experiência que o jogo proporciona.
3 comentários:
oDiEi
gostei muito massa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
muito loko!!
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